Foto: Gardel Silveira
Muito provavelmente (em política nada é definitivo) o dublê de vereador e presidente do PP, Pablo Pacheco, estava mesmo trabalhando até mais tarde em seu gabinete, ou em outra atividade do mandato, e tropeçou na reunião mensal do Diretório do MDB, que acontecia na noite de segunda-feira (16), no plenarinho do Palacete da Vale Machado.
O fato é que, por gentileza (quem haverá de acreditar seja mais que isso?), foi convidado a entrar e, de inhapa, sentou à mesa dos trabalhos. Como é possível conferir na foto que ilustra este texto, ficou à esquerda de quem dirigia o encontro, o vice-presidente do emedebismo local, Antonio Carlos Lemos, e até discursou.
Foi uma fala cortez, polida, diplomática e coisa e tal. Mas também ficou claro, entrelinhas a parte, que o PP já foi aliado e liderou chapa à prefeitura com o MDB e, por óbvio, do ponto de vista da agremiação que Pacheco lidera, não seria qualquer espanto um novo acordo eleitoral.
O que se retira desse fruto do acaso? O colunista assuntou fontes dos dois lados, nenhuma liderança graúda (que falariam apenas o que lhes interessa, e é legítimo), mas todas com acesso às decisões ou a quem as toma.
Pelo lado do Progressistas, a bola da vez ainda é Giuseppe Riesgo, do Novo, que volta a Santa Maria e ao Estado, depois de 10 meses em Brasília (confira outra nota nesta página). Mas se consolida a ideia de que o partido quer ser protagonista e teria que liderar uma chapa em que é infinitamente maior que o aliado. Logo, Riesgo, para concorrer, teria de se filiar ao PP.
Como essa possibilidade é escassa, ainda que não impossível, o aliado preferencial seria o MDB. Partido bem maior, o que permitiria o apoio a Beto Fantinel, com um da velha guarda pepista (Sérgio Cechin?) de vice.
E no MDB? Sim, o deputado e secretário de Assistência Social é o nome. E é o único. A hipótese de o partido oferecer um vice (Marta Zanella?) é improvável, pois, do ponto de vista do emedebismo, não haveria figura grande o suficiente para encantar o partido.
E Fantinel, quer mesmo ser candidato e atenderá à solicitação dos líderes de definir-se até dezembro? A coluna reproduz, ipsis verbis, o que recebeu de fonte com acesso ao poder emedebista local e estadual: “1. Ele (o deputado) quer ser candidato. 2. Busca uma aliança que tenha folego eleitoral e lhe dê tempo de TV. 3. O parceiro predileto seria o PP”.
Seria o caso de dizer que é “a sopa no mel”?